Grupo de Estudos Sobre Raça e Ações Afirmativas

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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

CineMIS do mês de Novembro dedicado ao Cinema Afro-Brasileiro


Campo Grande (MS) - O CineMIS do mês de Novembro é dedicado ao Cinema

Afro-Brasileiro, homenageando uma das etnias mais representativas em
nosso país e que tem se mostrado fortalecida com novas produções. O
CineMIS é uma ação do Museu de Imagem e do Som (MIS de MS), unidade da
Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), que com temas
diversos e abrangentes apresenta mostras com olhares e artes tanto de
Mato Grosso do Sul quanto de culturas que ultrapassam fronteiras. As
exibições, gratuitas, ocorrem de 19 a 23 de novembro (segunda a
sexta-feira), às 19 horas.



O curador, Carlos Alberto da Silva Versoza, informa que o CineMIS
desse mês - realizado em parceria com o Conselho Estadual dos Direitos
do Negro de Mato Grosso do Sul (CEDINE/MS) e com o Instituto Luther
King - pretende expor o antigo e o novo Cinema Afro-Brasileiro, com
filmes que vão da consagrada obra "Barravento", do diretor Glauber
Rocha (sucesso de crítica e público, assistido por milhões de
pessoas), aos excelentes “Besouro” e "Orfeu Negro", todos tratando de
um tema delicado mas ainda com muito reflexo no país: "a História
dos(as) Negros(as) no Brasil e suas lutas desde o Brasil colonial até
os dias atuais para serem respeitados(as) como seres humanos e
cidadãos(ãs) dignos(as)", explica Carlos.



“Com essa agenda, o Museu da Imagem e do Som vem cumprindo sua função
social de democratizar o acesso às produções audiovisuais do país e do
mundo, além de promover o debate e a reflexão, no sentido de
contribuir com a formação e a difusão de conhecimento e cultura no
Estado”, explica o presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do
Sul, Américo Calheiros.



A Mostra Cinema Afro-Brasileiro, combinada com os projetos “Cultura em
Situação” e “Amplificadores de Cultura” do MIS de MS, tem o objetivo
de incentivar o pensamento e o debate,  estimulando a produção e a
circulação de ideias. Como os filmes selecionados abordam o mesmo tema
- a história dos negros e suas lutas no país - de formas diversas, nos
possibilitam questionamentos sobre o papel da arte e da reflexão e
como estas podem ajudar na construção de uma sociedade mais justa e
igualitária, questões estas que serão discutidas de forma mais ampla
no dia 28/11/12, às 14h00, com o “Debate sobre a Cultura
Afro-brasileira no Cinema”, integrando e refletindo as equipes
parceiras, o público em geral e as ações dos projetos "CineMIS",
“Cultura em Situação” e “Amplificadores de Cultura” do MIS de MS.





Confira a programação:








19/11/12 (segunda-feira)

Besouro


Bahia, década de 20. No interior os negros continuavam sendo tratados
como escravos, apesar da abolição da escravatura ter ocorrido décadas
antes. Entre eles está Manoel (Aílton Carmo), que quando criança foi
apresentado à capoeira pelo Mestre Alípio (Macalé). O tutor tentou
ensiná-lo não apenas os golpes da capoeira, mas também as virtudes da
concentração e da justiça. A escolha pelo nome Besouro foi devido à
identificação que Manuel teve com o inseto, que segundo suas
características não deveria voar, mas voa. Ao crescer, Besouro recebe
a função de defender seu povo, combatendo a opressão e o preconceito
existentes.



Direção: João Daniel Tikhomiroff



Elenco: Miguel Lunardi, Irandhir Santos, Adriana Alves



2009, Ação, 195 min.





20/11/12 (terça-feira)



Barravento



Numa aldeia de pescadores de xeréu, cujos antepassados vieram da
África como escravos, permanecem antigos cultos místicos ligados ao
candomblé. Firmino (Antônio Pitanga) é um antigo morador, que foi para
Salvador na tentativa de escapar da pobreza. Ao retornar ele sente
atração por Cota (Luíza Maranhão), ao mesmo tempo em que não consegue
esquecer sua antiga paixão, Naína (Lucy Carvalho), que, por sua vez,
gosta de Aruã (Aldo Teixeira). Firmino encomenda um despacho contra
Aruã, que não é atingido. O alvo termina sendo a própria aldeia, que
passa a ser impedida de pescar.
Direção: Glauber Rocha



Elenco: Antônio Pitanga, Luiza Maranhão, Lucy Carvalho, Aldo Teixeira



1962, Comédia dramática, 80 min.





21/11/12 (quarta-feira)



Orfeu Negro



A jovem Eurídice foge de sua terra e chega ao Rio de Janeiro na época
do Carnaval, se envolvendo com o condutor de bonde Orfeu, provocando
os ciúmes de sua namorada. Mas como na antiga lenda Orfeu, ela é
perseguida pela Morte e ele será capaz de descer aos infernos para
tentar resgatá-la. Primeira versão cinematográfica da peça "Orfeu da
Conceição", de Vinícius de Moraes. Orfeu Negro transpõe o mito grego
de Orfeu e Eurídice, uma trágica e bela história de amor, para os
morros do Rio de Janeiro, durante o carnaval. Consagrado no mundo
inteiro, tendo recebido muitos prêmios (* Palma de Ouro no Festival de
Cannes de 1959), o filme foi também um dos marcos fundadores da bossa
nova, trazendo músicas clássicas do gênero assinadas por Tom Jobim,
Vinícius, Luiz Bonfá e Antonio Maria, como "A Felicidade", "Manhã de
Carnaval" e "O Nosso Amor".



Direção: Marcel Camus



Elenco: Breno Mell, Marpessa Dawn, Lourde de Oliveira



1958, Drama, 90 min.





22/11/12 (quinta-feira)



Madame Satã



Rio de Janeiro, 1932. No bairro da Lapa vive encarcerado na prisão
João Francisco (Lázaro Ramos), artista transformista que sonha em se
tornar um grande astro dos palcos. Após deixar o cárcere, João passa a
viver com Laurita (Marcélia Cartaxo), prostituta e sua "esposa";
Firmina, a filha de Laurita; Tabu (Flávio Bauraqui), seu cúmplice;
Renatinho (Felippe Marques), sem amante e também traidor; e ainda
Amador (Emiliano Queiroz), dono do bar Danúbio Azul. É neste ambiente
que João Francisco irá se transformar no mito Madame Satã, nome
retirado do filme Madame Satã (1932), dirigido por Cecil B. deMille,
que João Francisco viu e adorou.



Direção: Karim Aïnouz



Elenco: Lázaro Ramos, Marcelia Cartaxo, Flavio Bauraqui



2001, Drama, 95 min.





23/11/12 (sexta-feira)



Renascimento Africano

O filme, rodado em Dakar, no Senegal, conta com depoimentos de
intelectuais, políticos e religiosos, que apresentam um panorama dos
50 anos de independência dos países do oeste da África e a
interpretação sobre a escultura criada recentemente no Senegal, que
representa, justamente, o renascimento africano. Segundo o diretor do
documentário, Zózimo Bulbul, o resgate da cultura africana presente em
suas obras se dá, em grande parte, devido as suas viagens pelo
continente africano. “Eu precisei sair do Brasil para descobrir que eu
tenho história, que eu existo”, afirma.



Direção: Zózimo Bulbul



2012, Documentário, 50 min




Serviço



CineMIS de Novembro - Mostra Cinema Afro-Brasileiro



Data: 19 a 23 de Novembro de 2012



Horário: 19 horas



Entrada gratuita





Cultura em Situação e Amplificadores de Cultura - Debate sobre a
Cultura Afro-brasileiro no Cinema



Data: 28 de Novembro de 2012



Horário: 14h00



Entrada gratuita





Local: Sala Idara Duncan (Museu da Imagem e do Som de MS - Memorial da
Cultura e Cidadania, Av. Fernando Corrêa da Costa, 559, 3º andar,
Campo Grande, MS)



Informações pelo email mis@fcms.ms.gov.br e pelo fone 3316-9178 /
Carlos Versoza: 3316-9155.

2 comentários:

  1. Oi pessoal, bela postagem. Contudo, estarei no trabalho. Vocês tem o doc 'Renascimento Africano'? Poderia ser em qualquer formato, dvd, avi, rmvb. Estou querendo muito assisti-lo.

    Abraços

    miro.santos@ymail.com

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    Respostas
    1. Oii Miro, desculpe a demora pela resposta. Infelizmente não temos em doc. o Renascimento Africano, mas temos outros. Abraços!

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